A trágica harmonia entre futebol e Pandemia

Na noite de hoje ocorrerá o primeiro jogo com público de um clube carioca durante a Pandemia. 

O Rubro-Negro da Gávea obteve liberação da prefeitura para realizar três jogos testes. 

Esse nem é o foco, mas não há como deixar de questionar: 

Como fica a isonomia do esporte quando um único clube tem direito a mandar seus jogos com torcida!? 

Por que não pegar um jogo de 3 clubes da cidade para fazer esses eventos testes, inclusive aproveitando para explorar outras regiões!? 

Deixo esses questionamentos no ar e sigamos ao objetivo principal: Pandemia.

A cidade quer realizar testes, todavia diariamente somos reprovados em desafios menores; pessoas nos transportes não utilizam máscara, vão à festas clandestinas, acham que por terem tomado a vacina não vão pegar mais a doença... 

Nem vou citar o fato de pensar no coletivo, em não transmitir ao próximo, isso seria ingenuidade minha.

Com o mínimo olhar crítico você perceberá que as pessoas retornam do almoço nos escritórios e muitas nem lavam as mãos, escovar os dentes então, é artigo de luxo, observe o cotidiano ao seu redor, se observe.

Testes no futebol, especificamente, já ocorreram e com reprovação em massa.

Na libertadores do ano passado, 2500 pessoas foram convidadas ao jogo, isso equivale a 10% do que teremos hoje e o que se viu naquela ocasião foi gente sem máscara, aglomeração e tudo mais. 

Não adianta permitir um percentual reduzido de público se você não utiliza, minimamente, todas as dependências do estádio para "isolar" as pessoas e coloca todos em um único setor.

Recentemente o Atlético Mineiro também jogou com público e foi outro desastre.

O que vai acontecer hoje a noite eu antecipo como um ser vivente, não vidente e sem poderes especiais: Caos e desrespeito.

Acenderão os refletores ao futebol e apagarão as luzes à vida!

Por:

Daniel Góes de Oliveira

Estudante de Jornalismo - UERJ

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